A migração acelerada dos dados para a nuvem intensifica a adoção do BI moderno

A migração acelerada e sem precedentes dos dados para a nuvem leva as organizações a repensarem sua estratégia.

Modernizar a estratégia de dados muitas vezes significa repensar o local de armazenamento dos dados. Cada vez mais empresas reconhecem as vantagens de migrar os dados para a nuvem, inclusive pelo aumento de flexibilidade e escalabilidade a um custo total de propriedade mais baixo. Uma pesquisa da Gartner indica que “o mercado de serviços de nuvem pública deve crescer 21,4% em 2018, totalizando US$ 186,4 bilhões”. A nuvem facilita a coleta e a integração de tipos diferentes de dados nas empresas. Ou seja, a intenção é migrar de um ambiente em warehouse local altamente estruturado, concentrando todos os dados, para uma infraestrutura mais flexível e escalonável, em uma solução de nuvem híbrida ou completa.

Isso nos leva a pensar na força de gravidade dos dados, um conceito que sugere que os serviços e aplicativos são atraídos para onde os dados estão. À medida que as organizações migram suas cargas de trabalho para a nuvem em velocidade acelerada, a gravidade dos dados também atrai os processos de análise para a nuvem.

Os fatores determinantes por trás dessa mudança gravitacional são a latência, que consiste na quantidade de tempo necessária para executar uma ação, e a taxa de transferência, ou seja, o número de vezes em que é possível executar uma ação ou alcançar um resultado em certo período. Ao alinhar estreitamente os dados, aplicativos e serviços, a latência e a taxa de transferência diminuem, o que resulta em maior eficiência. Naturalmente, quando os dados estão armazenados na nuvem, esses aplicativos e serviços tendem a seguir o mesmo caminho.

Quando avaliam uma estratégia de dados mais ampla, as organizações também consideram a migração de seu modelo de análise do BI tradicional para o moderno. A McKinsey observa que o valor da nuvem aparece quando as empresas abordam os sistemas e a infraestrutura na nuvem “não como uma solução pontual de decisões táticas, mas como parte de uma estratégia abrangente que visa a transformação digital”.

O business intelligence tradicional depende do departamento de TI para formular respostas, mas isso cria gargalos e mantém a análise fora do contexto dos negócios. Da mesma forma, as implantações de BI tradicionais costumam ser desenvolvidas em um modelo local rígido compatível com esse modo de geração de relatórios corporativos.

Por outro lado, a análise na nuvem oferece vários benefícios, como a chance de pensar em novos modelos de implantação. Diante disso, os líderes mal podem esperar para aproveitar as novas oportunidades. Esse cenário propõe o envio de painéis móveis para funcionários em campo, permitindo que eles acessem os dados sem antes terem que passar por um firewall. A nuvem também permite o compartilhamento seguro de painéis com parceiros ou clientes, gerando uma fonte confiável que vai além dos processos internos.

Embora nem todas as empresas estejam preparadas para migrar todos os dados para a nuvem, muitas estão testando soluções híbridas a fim de aproveitar os benefícios de ter várias fontes de dados. Como resultado, as empresas avaliam se as plataformas de BI moderno conseguem ou não oferecer suporte a uma transição futura e definitiva para a análise na nuvem.