Whitepaper

Como criar painéis persuasivos, informativos e cativantes

Author
Jeff Pettiross, Designer de experiência do usuário, Tableau Software

Os seus painéis contam a história que você quer contar ou seus dados se perdem em um mar de pixels? Com softwares baseados em princípios de design, cognição e percepção, o Tableau é feito para manter os usuários no fluxo da análise. Os mesmos princípios se aplicam aos painéis. Veja como aproveitar o Tableau para criar painéis que prendam a atenção do público, favoreçam a interação e facilitem a compreensão de histórias de dados mais complexas.

Leia este whitepaper e aprenda três ações específicas que você pode aplicar nos seus painéis para torná-los mais informativos, envolventes e eficazes.

Confira também o webinar sobre esse tema.

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Pense em uma ótima conversa que você teve, sem silêncios constrangedores ou paranoias, simplesmente comunicação espontânea. Na visualização de dados, existe um conceito parecido. Seu público deve absorver e usar naturalmente as informações apresentadas em um painel sem distrações ou inconvenientes. As pessoas do mundo da visualização de dados chamam isso de “fluxo”.

O psicólogo Mihaly Czikszentmihalyi tem feito um amplo estudo sobre o fluxo. Czikszentmihalyi e outros pesquisadores descobriram que as pessoas entram no fluxo quando usam seus conhecimentos e lidam com o nível certo de desafio. O fluxo está diretamente ligado à felicidade, à criatividade e à produtividade.

Mas como criar fluxo para seu público? Como designer de painéis, seu trabalho é criar a experiência mais fluida possível para os usuários, sem elementos indesejados ou invasivos. Só assim é possível criar painéis persuasivos, informativos e cativantes.

As práticas a seguir ajudam a minimizar inconvenientes e a facilitar o fluxo:

  1. Não se concentre tanto nos dados, mas sim nos usuários
  2. Elimine tudo que puder... e nada mais
  3. Mostre seu trabalho. Crie variações sem medo.

1. Não se concentre tanto nos dados, mas sim nos usuários

Como profissional dos dados, seu trabalho gira em torno dos dados da mesma forma que o trabalho de um professor de música gira em torno das notas. Durante uma aula, esse professor não pode simplesmente despejar todas as informações que conhece. Uma enorme enxurrada de informações pode ser difícil de processar e provavelmente sobrecarregaria os alunos, principalmente os mais novos e menos experientes. Bons professores levam em consideração o nível de conhecimento e as necessidades dos alunos.

Da mesma forma, é fundamental que você se desapegue dos dados e faça as seguintes perguntas: Do que meus usuários precisam? Com que frequência eles analisarão esses dados? O que precisam fazer com os dados? O que eles já sabem sobre este assunto? Eles já usaram painéis antes?

Se você dedicar tempo para responder a essas perguntas, seus painéis serão mais úteis para aqueles que realmente importam: as pessoas que irão usá-los.

Adapte sua história ao público-alvo

Cada conjunto de dados tem um público-alvo e um ponto de vista diferente. Vamos supor que você esteja visualizando um conjunto de dados sobre pontes nos Estados Unidos que indica as pontes em más condições e com risco de desmoronamento. Um ponto de vista poderia enfocar somente a qualidade das pontes, enquanto outro poderia usar dados do censo para analisar quantas pessoas usam as pontes.

Você pode encarar esse projeto de várias perspectivas diferentes dependendo da intenção: alertar o público, conquistar negócios para uma empresa de construção ou ajudar o governo a definir suas prioridades. Tudo depende do público-alvo, bem como de seu nível de domínio e conhecimento sobre o assunto. Da mesma forma que você quer ajudar seu público-alvo a entrar no fluxo, seu público-alvo pode ajudar a restringir as opções em termos de apresentação dos dados.


Este painel criado por Ben Jones da Data Literacy, LLC mostra uma interpretação de dados sobre pontes em cada estado. Ele oferece filtros para que o usuário restrinja os dados por condado ou condição. Quando você clica em uma ponte no mapa, o painel é atualizado com uma exibição da rua.

Por exemplo, estes painéis criados por Anya A’Hearn apresentam diversas opções. Cada um dos painéis foi criado para transmitir informações adaptadas para públicos específicos. Cada um deles requer diferentes níveis de conhecimento e apresenta diferentes desafios.


Este painel mostra uma grande quantidade de dados e traz várias opções interativas. O público-alvo do painel são usuários mais avançados com conhecimentos prévios sobre o tema.

Este próximo painel é bastante colorido e chamativo. Ele tem uma mensagem forte e clara e se esforça para transmiti-la.


Este painel mostra uma grande quantidade de dados e traz várias opções interativas. O público-alvo do painel são usuários mais avançados com conhecimentos prévios sobre o tema.

2. Elimine tudo que puder... e nada mais

Em seu livro The Elements of Style (Os elementos do estilo), William Strunk Jr. e E.B. White nos aconselham a “omitir palavras desnecessárias”. Na escrita, redundâncias e termos vagos podem interferir na comunicação. O mesmo se aplica aos painéis. Excesso de informações, gráficos confusos e recursos desnecessários também podem dificultar a visualização e a compreensão de um painel.

Por exemplo, estas são três visualizações da distribuição de tornados nos Estados Unidos, representando os primeiros nove meses do ano.


Cada linha vertical representa a hora do dia, com a meia-noite na parte superior e o meio-dia no centro. As três visualizações mostram, entre outras coisas, que os tornados têm muito mais probabilidade de ocorrer na parte da tarde durante o verão.

A diferença entre os painéis é a quantidade de informações visuais usadas para contar a história. À esquerda, temos uma apresentação extremamente enxuta, e a complexidade aumenta conforme vamos indo para a direita. Nenhum desses painéis é melhor que o outro. A visualização à esquerda pode ser ideal para públicos que estão familiarizados com o material. Para eles, a simplificação e a eliminação de redundâncias seriam extremamente vantajosas. Para novatos no tema (ou pessoas que verão essa visualização apenas uma vez), a obviedade da visualização à direita pode ser ideal.

Mas como distinguir entre o que é supérfluo e o que é importante? É aí que seus colegas entram.

3. Mostre seu trabalho. Crie variações sem medo.

Ao construir uma cultura de análise, cultive uma cultura de feedback construtivo, colaborativo e regular. Quanto mais versões de um projeto você criar e mais feedback receber ao longo do processo, melhor será o produto final. Não se isole nem se prenda a ideias fixas. Comece a trabalhar em algo e, em seguida, mostre o que criou para outra pessoa. Atente ao feedback recebido e volte ao trabalho. Repita esse processo até estar satisfeito com o resultado. Pense no trabalho árduo necessário para se fazer um diamante. O calor, a pressão e o tempo necessários são inacreditáveis. Mas o resultado também é.

Incentivando o feedback através da confiança e da divulgação

Para criar uma cultura de feedback, alguns elementos são necessários. Para começar, você precisa confiar em seus colegas. Se você e seus colegas de trabalho se respeitam, confiarão no feedback um do outro.

Além disso, não seja sensível demais. Como seu produto final tem o objetivo de ajudar usuários e clientes, o design do seu painel deve girar em torno das necessidades desse público e não das suas preferências pessoais.

Muitos escritores comentam sobre o fato de que, às vezes, precisam cortar suas partes favoritas de uma história ou um roteiro. O mesmo acontece com os designers. Pense no verdadeiro objetivo da sua criação e seja honesto se perceber que algo não está funcionando. Também é útil ter um lugar público, seja em um espaço físico ou virtual, para compartilhar seu trabalho.


Temos monitores em nosso escritório que mostram visualizações e seus respectivos criadores. A divulgação pública do seu trabalho gera oportunidades constantes de receber feedback e fazer melhorias.

Faça ajustes, refine e aperfeiçoe seu trabalho

Para criar painéis eficazes, é fundamental fazer ajustes constantes que produzem novas versões melhoradas. Um painel nunca deve continuar o mesmo durante anos e anos. Ele deve ser adaptado às mudanças atravessadas pelo público-alvo e pelos negócios. Mesmo pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença.

O resultado final será um painel mais enxuto e claro, ajudando o público-alvo a digerir as informações com mais facilidade. O processo de fazer ajustes e melhorias constantes é o que transforma ideias boas em ótimas.

Trabalhe com rapidez. Receba feedback. Considere seu público-alvo. Elimine recursos desnecessários. Repita quando preciso. Assim você criará fluxo para seus colegas, usuários e para si mesmo.

Sobre o autor

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Jeff Pettiross

Designer de experiência do usuário, Tableau Software

Jeff Pettiross pensa sobre o design de informações e a experiência do usuário desde criança, quando passava horas planejando elementos de interface para os jogos que ele criava em seu TRS-80. Desde então, passou os últimos 25 anos projetando softwares e visualizações de informações em diversas áreas, incluindo análise de dados e visualização, saúde, gestão de projetos, softwares para desktop e engenharia.